Ânimo? Que ânimo?

Às vezes não se trata somente de fase ou de vibe.

Hoje eu escolhi um papel de parede bastante alegre para meu desktop. É um do Windows Seven, tema Cartoon, o qual não posso fornecer a vocês por motivos de direitos autorais e diversos outros que não quero pensar agora.

Por que diabos selecionei essa imagem? Não acredito que tenha sido uma súbita vontade de ver um peculiar personagem segurando duas penas, ou ver um gay caleidoscópio de cores na minha tela. Eu acredito em algo muito mais cruel e profundo.

São férias. Independentemente de todas as minhas reflexões quanto à estranheza desta frase (pois o mais lógico é “são férias”, mas não é só uma “férias”?), elas sempre são um desperdício de vida. Nunca consigo fazer nada de útil, mesmo tendo planos. E que planos! A idéia era voltar à academia, mas voltei? Não. Passear com a cachorra. Passeei? Não. Consertar minha bicicleta? Nada. Correr no parque? Raramente. Não fiz absolutamente nada, exceto ouvir as palavras de minha avó ecoando na minha cabeça: “quando menos se faz, menos conseguimos fazer”. Sábia velha senhora.

Definitivamente não há relação com o caleidoscópio gay ou com o personagem voador, mas sim com o meu humor. Um tema claro, alegre e, mesmo que bizarramente, que passa a idéia de liberdade me inspira. Não o suficiente, mas inspira. Faz com que eu sinta inveja, e me leva a crer que eu gostaria muito de ter coragem e ânimo para ser mais feliz e livre, o que não sou: esse que vos fala é um mero prisioneiro da sua própria falta de ânimo.

Amanhã é um belo dia para mudar. Por que não seria? Por outro lado, a culpa não é do dia de hoje. A culpa, caros, é do fato de ela não estar aqui. O que faz de sua vida um homem que não tem sua musa próxima de si?

Desabafa em um blog…