Medo

Você tá podre de cansado, mas não consegue dormir.

Fica lá, feito um zumbi, pensando na vida. Tic, tac, tic, tac… O tempo até o horário de acordar vai se esgotando, e nada. Você não tem insônia… Quer dizer, talvez tenha, quem sabe? Sua cabeça fervilhando não lhe permite diagnosticar.

Você não dorme, mas não por falta de sono, mas por excesso de medo. O medo te acomete. É o pior tipo de medo do mundo: medo da ansiedade. Você fica apreensivo. Sua principal preocupação é sua ansiedade.

Ter medo de ter medo, é um ciclo. Tem medo de se deitar e voltar a pensar: “O que farei amanhã?”, ou pior: “Por que não fiz ontem?”. Medo, medo e medo.

Seu tempo está se esgotando, não o tempo de dormir, mas o tempo da sua vida. De você mostrar do que é capaz. De deixar de não fazer hoje e se arrepender amanhã.

Suma, medo, suma. Troque de lugar com a certeza, a certeza de que amanhã não decepcionarei quem eu amo e a mim mesmo. A certeza de saber quem sou eu.

Adeus, medo, se vá.

Duas Observações

A primeira, para causar fúria e raiva:

Por o Narguile conter tabaco e ingredientes iguais ao cigarro como nicotina, ele faz mal a saúde sim e em alguns casos pior que o do seu “concorrente” cigarro.

Só porque no processo do “cachimbo” passa na água primeiro, muitas pessoas pensam que não faz mal, a água não retira nenhuma impureza e 50 tragadas no Narguile são suficientes para viciar.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) uma sessão de 20 minutos a uma hora de fumo corresponde a inalação de 100 a 200 cigarros. O Narguile pode causar tuberculose, herpes, hepatite, doenças cardíacas, entre outras graves doenças.

A segunda, mais importante:

Você realmente sabe que ama alguém quando a ideia de ficar sem a ver deixa seus olhos cheios de lágrimas. A falta que fará aquele par de olhos apaixonantes, os deliciosos beijos e o maravilhoso sorriso é muito maior do que eu já imaginei que poderia sentir. E se a cola que nos une for justamente nossas inesquecíveis, viciantes e perfeitamente maravilhosas visitas durante a tarde? Não ligo de sair em grupo, óbvio, mas espero que a gente continue também saindo em casal, porque é quando posso admirar você por completo, e ficar vários e vários instantes o fazendo sem julgamento de terceiros.

Fim de ano

Ah meu bom Noel.

Santa, como dizem os falantes da língua inglesa.

Neste ano de 2011 tive grandes conquistas e posso dizer que, se espero algo de 2012, que seja pelo menos uma continuação do meu presente.

Claro que quero evoluir, mas as minhas conquistas neste ano foram simplesmente fenomenais e maravilhosas.

Meu emprego na TIM foi muito bacana, uma experiência inesquecível e importantíssima para mim e algo que levarei por toda vida, assim como as pessoas maravilhosas que conheci lá.

Neste ano também pedi demissão pela primeira vez na minha vida. Experimentei as gostosas e famosas férias não remuneradas por dois meses e curti e descobri muito da vida.

Sou muito grato pelos meus amigos e agradeço até aqueles que me fizeram algum mal, pois agora conheço quem realmente são.

Engordei, emagreci e engordei denovo. Aprendi a beber, derreti no calor e morri de frio. Bati o carro, deixei ele de lado, arrumei o carro.

Nesse ano posso dizer que aprendi tanto quanto quase todo resto da minha vida.

Ainda posso dizer de 2011 algo que pode soar meloso e batido, mas que é verdadeiro.

Depois de alguns anos curtindo, finalmente me apaixonei novamente. Foi neste ano que reaprendi a admirar um sorriso, um olhar e um toque. Me fascinei pela doçura de uma voz e aprendi a valorizar absurdamente um abraço. Um momento.

Então, senhor noel, se puder te pedir um presente, que seja a continuação desta minha paixão. Que seja recíproca. Que você traga alegria e aproxime ainda mais meus amigos. Que me traga novos amigos.

Santa, queridão, na verdade também quero presentes materiais: rosas, bombons e cervejas. Não para mim, claro. Para minha paixonite as rosas e o bombom e para meus amigos a cerveja. Assim, continuaremos todos curtindo e vivendo juntos.

E que venha 2012.

🙂

Fodeu…

E aí você está lá, depois de encontrar a garota pelo quinto dia seguido, e começa a se indagar: que porra é essa?

É complicada essa história. Você não procura nada sério, não tem o mínimo desejo de mudar sua rotina ou de afetar sua liberdade, mas… Bom, como disse na primeira frase do texto, você encontrou a garota pelo quinto dia seguido. De certa forma você já alterou sua rotina. Você já abriu mão de parte de sua liberdade. Enfim…

Isso não muda o fato de você simplesmente não saber o que está fazendo. Eu sou daqueles que evita usar a palavra amor em vão. Não dá para se definir ou descrever o amor, mas uma coisa é fato: ele é duradouro e forte. Paixões, por sua vez, são intensas. É o broto do amor, mas este só vinga se a terra estiver fértil para isso.

Quando você passa muito tempo junto com alguém e ao invés de enjoar você tem ainda mais vontade de ficar, isso é uma paixão. Pelo menos a princípio. E eu estou assim. Foram cinco dias que eu transformaria em 10, 20, 30, 1000… Foi um final de semana que eu repetiria para todo o sempre. Independente da minha dor no pescoço ou das minhas poucas horas de sono, foi simplesmente o melhor final de semana em tempos pra mim.

Eu não estou enjoado, não estou cansado ou não quero espaço (pelo menos não agora). Tudo, mas simplesmente tudo, que eu gostaria nesse momento são os olhos dela. É a beleza daquele sorriso. É tudo ela. Simplesmente tudo. Simplesmente ela.

Então mesmo sem procurar nada sério ou mesmo não querendo mudar minha vida, estou apaixonado. Admito isso. Digo isso com toda certeza do universo. Estou apaixonado. Sei que ao me entregar à esta paixão posso me machucar loucamente, mas no momento é impossível não fazê-lo.

Não quero namoro, não quero nada. Eu a quero. Simples assim. E o simples fato de não saber o que a gente tem (ou de não ter nada) me atormenta e tira meu sono, porque, apesar de não ter nada com ela, tenho tudo, estou absurdamente envolvido, e sei que a perder é algo que eu simplesmente não posso sequer imaginar.

Quindinzinho, é por causa disso que fiquei com cara de concha. É por causa disso que preciso te conquistar e depois conquistar novamente, para sempre. Não quero você presa a mim por causa de um compromisso que a gente decidiu que tem (namoro, por exemplo). Quero você presa a mim pelo coração. Só assim estaremos juntos de verdade. Compromissos com outras pessoas dão errados, são difíceis de honrar. Compromissos com nós mesmos são naturais.

Por estas e outras que eu digo: deixa eu te conquistar? Permita-se apaixonar por mim, por favor. Não quero você do meu lado senão para te fazer feliz. Quero curtir a vida, mas quero com você, para admirar seu sorriso enquanto o faço. Entenda, não quero nada sério com você. Quero simplesmente você. Perfeitinha. Aliás, falta uma perguntinha importante aqui: já falei que você está linda hoje?

Por que você está, aqui na minha mente e nos meus sonhos.

Adoro você.

Não Sei

Não sei mais o que é certo
Não sei bem o que fazer
Queria ser mais esperto
Mas só sei te querer
Te quero aqui por perto
Para teus lábios poder morder
Mas meu peito aqui aperto
Pois não sei se vai acontecer

Todo Momento

Depois de tanto vazio no passado
Tanta futilidade, tudo banal
Eis que nasce meio do casual
Meu olhar bobo e apaixonado

Eu aprendi a te querer comigo
Sempre, sempre ao meu lado
Que amanhã seja um amor antigo
Que nunca há de me ter largado

É arriscado querer teu sorriso
Mas quero apostar alto
Porque sei o quanto eu preciso

Não ligo que me ache um boiola
Continuo a te querer
Todo momento, inclusive agora…

Teu Sorriso

Minha cabeça
Sabe-se lá o motivo
Lembra e relembra
De quando estava contigo

E bem agora
Que precisava de estudo
Na minha mente
Você é tudo

Teu jeito imprevisível
A torna inesquecível

Com o olhar perdido
Quase me desespero
Porque simplesmente
Teu sorriso é o que eu quero

Desculpe, meu amor,
Se tenho muito esmero
Não se sinta assustada
É só teu sorriso que eu quero

Ardonoel Coypam [6]

A vida de Ardonoel ficou por meses monótona. Sua velha rotina se transformara em regra, e o velho só via a luz do Sol quando a dispensa estava vazia.

Cansando desta previsibilidade, tediante até para um senhor da idade dele, Ardonoel resolveu que deveria fazer alguma loucura. Reservou alguns trocados de sua diminuta aposentadoria e se aventurou pelas ruas do mundo em plena sexta-feira.

Ao mesmo tempo que se sentia perdido, os olhos de Ardonoel brilhavam como só haviam brilhado há quase um século. Ele voltara a ser uma criança no sentido de redescobrir o mundo e de apreciá-lo como se fosse a primeira vez.

No meio de seu passeio, enquanto caminhava sem rumo pelas irregulares calçadas de sua cidade e admirava as árvores, as pessoas e o já não tão limpo céu de hoje em dia, nosso personagem bateu o olhar em algo cuja única definição cabível é “apaixonante”.

Assim como as formigas seguem o açúcar, os olhos do nosso velho seguiram a doçura daquele rosto. Um olhar que de tão encantador Ardonoel não conseguira descrevê-lo e um sorriso tão puro e belo que o coração daquele senhor quase lhe saltara pela garganta com a excitação de finalmente ter encontrada a expressão sorridente perfeita.

Ela era mais jovem do que ele, o que não é tarefa difícil, mas nosso querido Sr. Coypam não podia perder a oportunidade de pelo menos saber o nome de sua nova musa, tudo para que ele pudesse tentar descrever aquela imagem com todo preciosismo de detalhes – e o nome é um detalhe importante – que ela merecia.

Então, se aproximou dela o mais rápido que suas fracas pernas conseguiam e perguntou, com um simpático e tímido sorriso:

– “Desculpe, mas qual seu nome?”
– “Pra quê?”, respondeu a bela moça.

Ardonoel então não poupou palavras e explicou o verdadeiro motivo. Se houve algo que ele aprendeu no decorrer dos seus vários anos de vida, é que a sinceridade sempre é a melhor saída. Disse que sua beleza era tamanha que nem todos adjetivos da língua portuguesa juntos seriam capaz de descrevê-la, mas que ele mesmo assim tentaria.

Sim, ele tentaria, simplesmente porque aquela imagem não sairia de sua cabeça tão cedo. É impossível tirar da cabeça alguém que não sai do coração, e aquela moça certamente ficara tatuada no cansado músculo cardíaco de Ardonoel.

Os olhos da moça brilharam e seu sorriso apareceu de maneira discreta. Nosso senhor, um aficionado por detalhes, quase morrera. “Como pude viver todos estes anos sem isto?”, se perguntava repetidamente.

Apesar da diferença de idade e da peculiaridade da situação em que se conheceram, conversaram como se não houvesse amanhã. Ela lhe contou sobre seus gostos e sobre sua vida, enquanto ele prestava atenção em cada deleitável palavra pronunciada por aqueles lindos lábios.

Ardonoel voltou para sua casa já no sábado de manhã, e só não pulava de alegria por conta de seus problemas de joelho. Cantarolava, e a única vez que se o viu mais feliz do que aquele dia foi no domingo a noite, depois de já tê-la encontrado, além da própria sexta, no sábado e no domingo de tarde.

Já em casa, deixando o seu livro de lado mais uma vez, pegou com suas mãos tremulas o lápis de sempre e uma folha em branco, onde tentara escrever sobre a moça, algo que ele nunca realmente conseguiu fazer, uma vez que mesmo adorando as palavras, não conseguia sinônimos o bastante para “beleza”, “doce” e “perfeição”.

Fazê-lo demais

E quando o que nasce casual se torna bom o bastante para se tornar relevante? Ok, quase parafraseei Charlie Brown Jr., mas mereço o perdão pelo meu estado alcoolizado e bizarro.

Sou um amante dos detalhes. E digo amante para não me apresentar como um aficionado por eles. Tudo, e absolutamente tudo, que me vem à cabeça enquanto escrevo é o sorriso, o olhar, a textura da pele, o toque das mãos, a voz… Os pequenos detalhes – às vezes despercebidos detalhes – que tanto me fascinam e me apaixonam.

Depois de certo tempo vendo o mundo desta forma, infelizmente, me adaptei a fugir desse doce olhar de mel ou do venusto e apaixonante sorriso com toques de beleza celestial. Simplesmente abri mão da atitude que dizem que deveria ter pelo silencioso e nada sincero olhar de ‘quem não quer nada’ que só a vida pode me propiciar.

Às vezes queria ser como os outros e simplesmente não dar o mínimo valor àquela que domina quase todas minhas fantasias. Infelizmente, não consigo. Distancio-me somente para dar espaço aquela fantasia que lhe despertará um ainda maior e mais belo sorriso. Um olhar perdido.

Enfim, resumidamente, não tenho outra forma de demonstrar o quando eu gosto de ti sem por algum momento me afastar, mesmo que parcialmente. Independente do que o futuro nos reserve, não fujo de você por não te admirar, mas simplesmente por correr o risco de fazê-lo demais.

😉

Diário de um NERD na academia – Dia 2

Hoje eu acordei cagado. Não literalmente, claro. Estava andando tudo errado, tudo doía. Papai do Céu, por que liberaste ácido lático no meu corpo? Por quê?

Tudo bem, não posso parar. Afinal, 20 kg não se perde vendo seriado em casa, né? Levantei-me da cama, lavei o rosto, coloquei minha roupa super sensual de academia e me desloquei até a dita cuja.

Chegando lá, tudo normal. Falei “bom dia” pra todo mundo e subi na esteira como quem soubesse o que estava fazendo. Durante minha estadia na esteira, uma garota simplesmente linda de doer (desculpem-me, mas só consigo pensar em dor) e absurdamente gostosa chegou e foi bem pra esteira do meu lado. Aquela garota é simplesmente uma das mais bonitas que eu já vi na vida, e estava na esteira do meu lado.

Certo Léo, é hora de encolher a barriga. Tentei, mas sem sucesso. Aliás, impossível encolher a barriga enquanto você está correndo. Quanto mais eu tentava, mais ridículo eu ficava. Enquanto eu saltitava naquela máquina guiada por Satanás, meus mamilos de gordinho saltitavam também. Serviu como estímulo, claro.

Fiquei lá por meia hora, ela ficou por 15 minutos. Eu sabia que estava apaixonado porque meu coração acelerou. Acelerou bastante. Santa Mãe! Achei que ia morrer. E talvez não seja paixão, seja só gordisse mesmo.

Enfim, saí da esteira já lamentando por dentro – se as senhoras já me achavam engraçado na musculação, aquela obra divina de corpo escultural, sorriso envolvente, com belos e brancos dentes e com um olhar envolvedor vai me achar um imbecil (não que ela não acharia em outra situação).

Quando fui pegar minha ficha com os exercícios, o brother me disse: “hoje é só aeróbico, vai fazer abdominal e depois mais bicicleta”. Eu adoro aquele brother, sério.

Fui lá fazer abdominal. Foi outra cena absurdamente humilhante. Sério, não façam abdominal se forem barrigudos. Depois dessa cena certamente eu não terei mais nenhuma chance com ela. Aliás, não teria mais chance nem com o brother se fosse o caso. Nem com as senhoras. Tinha um espelho na minha frente e agora até a masturbação tá difícil. Enfim…

Terminei minhas abdominais e fui pedalar. Mais uma vez, cheguei em casa pregado e querendo morrer (na cama, dormindo)…